A escola de Ballet Janne Ruth foi fundada em 1981 no bairro da aldeota onde estreou seu primeiro ballet de repertório o Quebra nozes entre outros ballets como Rio de Janeiro, tragam os homens de volta, coração de estudante, construção Deus lhe pague, salve o cinema americano, Orai e Vigiai, Retirante o Lamento do Sertão e Salve Cazuza. A Escola mudou de cara e de endereço passando a atuar na Bela Vista em 1994 onde estreou os Ballets Em nome de Jesus, Ovelório das matas, Floresta Amazônica, Milênio o Poder de um Sonho entre outros, e desde 2006 atua com Repertórios no seu novo endereço na Parquelândia. Convidamos a todos para participar do nosso Blog, pois ele foi criado para que houvesse uma interação maior dos alunos com a escola. É um espaço de divulgação, informação e entretenimento. Então vamos pessoal, quem tiver ideias de posters, enquetes, imagens interessantes...opinem, esse espaço é nosso!!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Oração da dança

danca
Louvada seja a dança,
Ela libera o homem
Do peso das coisas materiais,
Para formar a sociedade.
Louvada seja a dança,
Que exige tudo e fortalece
A saúde, uma mente serena
E uma alma encantada.
A dança significa transformar
O espaço, o tempo e o homem.
Que sempre corre perigo
De perder-se ou somente cérebro,
Ou só vontade ou só sentimento.
A dança porém exige
O ser humano inteiro,
Ancorado no seu centro,
E que não conhece a vontade
De dominar gente e coisas,
E que não sente a obsessão
De estar perdido no seu ego.
A dança exige o homem livre e aberto
Vibrando na harmonia de todas as forças.
Ó homem, ó mulher aprenda dançar
Senão os anjos no céu
Não saberão o que fazer contigo.
Augustinus (Santo Agostinho), 354 – 430 d.C.
As origens do Ballet Clássico estão no Período Renascentista.
Nos seculos XV e XVI, a aristocrácia em Itália e França festejavam casamentos, celebrações de alianças politicas e de vitória em guerras ou união de terras, ou simplesmente para entreternimento das Casas Reais Européias e sua nobreza, grandiosas festas públicas.
Inicialmente, encontramos a nobreza italiana a receber seus convidados em ricas celebrações que poderiam durar dias. A dramatização dos movimentos, os temas desenvolvidos e a dança pantomimica demonstravam os primeiros passos de uma estrutura e na altura,os espectaculos destacavam tanto a dança,como a mimica, o canto, a música com os instrumentos e a poesia.
Era com estes espectáculos pomposos que eles divertiam-se com seus convidados.
O primeiro Ballet de Corte foi apresentado no casamento do Duque de Milão com Isabel de Argon, no ano de 1489, e os pares apresentaram-se graciosamente com pequenos e delicados passos dificultados pelo vestuário pesado e ornamentado da epóca.
Em 1533, Henrique II, futuro rei de França, casou-se com a aristocrata italiana, Catarina de Médicis e foi assim que o baletto da corte italiana desembarcou na corte francesa.
Artistas italianos especializados vieram para compor a festa e apresentaram luxuosos espectáculos que tinham cenários, artistas, coreografias e direcção artistica dando ao casamento, uma organização teatral.
Em 1581, a propria Catarina de Médicis, produziu em França com direcção artistica de Baldassarino de Belgiojoso ou Balthazar de Beaujoyeulx, nome adoptado em França, o ballet de corte, Ballet Comique de la Reine.
Apresentado em 15 de Outubro de 1581 no grande salão do Louvre, o bailado tinha como tema a Mitologia e baseava-se em Circe, uma feiticeira com poderes mágicos.
A dança alternava-se com o verso e com a musica e a estrutura de desenhos geometricos era seguida tendo a plateia a assistir ao espectaculo de um plano superior. O ballet teve duração de cinco horas e foi interpretado pelos nobres da corte e pela propria Rainha e damas de companhia.
Historicamente, Beaujoyeulx e seu bailado Ballet Comique de la Reine é reconhecido como o primeiro coreografo de Ballet e primeiro bailado com estrutura artistica devido ter havido um trabalho de composição de dança e canto com dramatização.
Houveram antes deste outros bailados e organizadores mas a historia para precisar qualquer acontecimento necessita de um ponto fixo no tempo e esta festa em especial para celebrar o casamento da irmã de Catarina de Médicis e devido a sua influencia foi considerada ponto de partida para o desenvolvimento do ballet.
O termo Balé ou Ballet refere-se a uma modalidade de dança e à sua execução. Esta expressão provém do italiano ballare, com o sentido de ‘bailar’. Ele nasceu justamente na Itália, em pleno Renascimento. Sua origem remonta às apresentações de um estilo teatral conhecido como pantomima, no qual os atores só se expressavam através da fisionomia e de movimentos corporais, normalmente sem preparo prévio.
Os principais postulados do balé se resumem na posição ereta, na prática do en dehors – giro exterior dos membros inferiores -, no corpo vertical e na simetria. O ser humano sempre se expressou através da dança, mas o balé nasceu no fim do século XV, exatamente na cerimônia de casamento  do Duque de Milão com Isabel de Ararão. Logo depois, esta arte também floresceu na França, em outra festa nupcial, desta vez celebrando a união entre Catarina de Médicis e Henrique II, em 1533. Neste momento, vários espetáculos foram importados dos italianos.
A experiência foi tão marcante para a rainha que, em 1581, ela criou o Ballet Cômico da Rainha, para uma nova aliança matrimonial, a de sua irmã. A partir de então, a França tornou-se o cenário ideal para o florescer desta dança. Neste país, em 1661, instituiu-se a Academia Real de Dança e, em 1713, foi inaugurada a Escola de Dança da Ópera. O Balé revestiu-se de uma aura nobre, uma vez que até mesmo o Rei Luiz XIV, em sua infância, chegou a cursar aulas desta dança clássica, exibindo-se diante da Corte ao completar 12 anos. Algum tempo depois, o monarca criou a Académie de Musique et de Danse, eliminada em 1780.
A partir de 1830, teve início a fase do balé romântico, com espetáculos como Giselle. Quando esta era entrou em declínio, o pólo de criação deslocou-se de Paris para São Petersburgo, na Rússia. Foi um russo, Serge Diaghilev, que inaugurou o período do balé moderno, com uma companhia própria. Neste cenário apareceram artistas que se tornariam famosos, como Pavlova, Nijinsky, entre outros. Era o impulso inicial para a geração da Escola Russa de Balé, que se disseminaria principalmente pelos EUA e pela Inglaterra. Na década de 60, consagra-se o Bolshoi de Moscou, até hoje celebrado em todo o mundo.
Os balés de repertório, muito comuns, são aqueles que se inspiram em temas musicais famosos, por isso mesmo responsáveis pelo sucesso das companhias que deles extraíram a essência necessária para a montagem de seus espetáculos, principalmente no solo europeu. Algumas destas montagens mais célebres são Coppélia, de Léo Delibes; O Pássaro de Fogo, de Igor Stravinsky; O Quebra-Nozes e O Lago dos Cisnes, ambos de Tchaikovsky.
Em nosso país, o primeiro espetáculo de balé clássico foi montado em 1813, no Rio de Janeiro, nos palcos do Real Teatro de São João, com a direção de Lacombe. Mas esta arte só floresceu no Brasil no século seguinte, com a celebração das companhias russas de Diaghilev e de Pavlova, na mesma cidade, só que agora no Teatro Municipal. Posteriormente, nasceram talentos como os de Dalal Achcar, Márcia Haydée, Tatiana Leskova, Ana Botafogo, entre outros.

PAU DE FITAS

A Dança Pau de Fitas é uma tradição milenar, originária do meio rural que aparece em alguns países latino-americanos como: a Espanha, Inglaterra e outras regiões da Europa. Este tipo de dança também já existia na América, muito antes de seu descobrimento e os maias ainda incluem em seus costumes. Aparece ainda, entre os mineiros de Nuanda, no Peru, no século XVIII. Em São Benedito de Los Andes, na Venezuela, foi registrada dança semelhante aos pau-de-fita dançados aqui no Brasil.
No Brasil, esta dança, é encontrada em vários estados, fazendo parte do repertório de grupos folclóricos de várias etnias. Existe ainda em várias comemorações, como nas Festas do Rosário em Minas Gerais, onde os caboclinhos desenvolvem a coreografia, no bumba-meu-boi nordestino, com o nome de folguedo-da-trança, e nas festas do Divino, no Estado de São Paulo, com o nome de dança das fitas.

A Dança do Pau-de-Fita, no folclore catarinense, é apresentada por vários grupos, cuja formação étnica é responsável pela diversificação da nossa cultura popular. De origem portuguesa, encontramo-la associada à Dança dos Arcos de Flores e a Jardineira. De origem alemã e hispânica, nos grupos folclóricos teutos e nas danças típicas dos campos. São Francisco do Sul, apresenta o Pau-de-Fita de origem portuguesa. É uma apresentação das mais lindas do nosso folclore, em grupos pares, de oito a doze, por damas e cavalheiros que ao som da música, dançam e cantam em torno de um mastro que traz na ponta superior um passarinho empalhado, de onde saem fitas de várias cores. Ao compasso da apresentação as fitas vão sendo trançadas e depois destrançadas, dando ao espectador um belíssimo visual. A Dança da Fita é desenvolvida da seguinte maneira: é colocado no centro um mastro chamado pau-de-fita de aproximadamente 3m de altura com doze fitas (duas vermelhas, duas verdes, duas amarelas, duas azuis, duas rosas e duas azul marinho). Ao lado do mastro, formam-se duas filas, do lado direito os homens e do esquerdo as mulheres. Na cabeceira das duas filas fica o mestre e num sinal feito através do apito tem início a dança. O primeiro movimento é conhecido como preparação da terra para o plantio da árvore. No segundo movimento os dançadores cruzam as fitas, que significa a escolha da semente. No terceiro movimento inicia-se a semeadura. No quarto já se percebem as tranças formadas em um total de cinco trançados diferentes que simbolizam as raízes. Quando o mastro fica totalmente coberto pelas tranças, os adultos são substituídos pelas crianças que irão realizar a destrança. As crianças simbolizam as folhas da árvore. Quando termina o movimento executado pelas crianças o mastro é transformado simbolicamente em belíssima árvore, sendo este o final da dança.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

La fille mal gardèe

La fille mal gardèe
Ficha Geral

Nome: La Fille mal Gardée, bailado pantomima em dois atos e três quadros.

Estréia: Foi representado pela primeira vez em Bordéus em 1786.

Coreografia: Poema e coreografia de Dauberval.

Música: Primeiramente era uma seleção de trechos populares. Mais tarde a peça recebeu uma partitura completa de Ferdinand Hérold.

Bailarinos da estréia: Anna Pavlova, com grande estrela como Lisa e Pierre Vladimirof como Colas.

Personagens: Simone, dona de uma própera fazenda; Lisa sua filha; Colas, jovem camponês, apaixonado por Lisa; Thomas, rico vinhateiro; Alain, seu filho; o notário da Aldeia.


História

O enredo é muito simples, pois trata do desejo da mãe em ver a filha casada com um ricaço, ridículo, e que em nada pode despertar o amor. A filha ama um camponês pobre. Aliás, esse bailado já foi apresentado com o título A Inútil Precaução, usado por muitas obras, inclusive como subtítulo da ópera O Barbeiro de Sevilha, de Rossini.

Ato I: O primeiro ato representa uma pequena aldeia, tendo a um lado a fazenda da viúva Simone. O dia amanhece. Lisa sua filha está apaixonada por Colas, um jovem camponês das redondezas. A mãe, entretanto, planeja casá-la com Alain, cujo pai, Thomas, possui um vinhedo e é muito rico. O primeiro ato transcorre numa série de qüiproquós e confusões, com os dois jovens apaixonados procurando fugir da severa vigilância materna. Destacam-se a dança das galinhas e dos gatos, no início; a dança da fita de Lisa; e o pas de deux de Lisa e Colas com a fita.

Ato II: O segundo ato nos apresenta um trigal. A colheita foi feita e dos festejam alegremente. Thomas, querendo impressionar, trouxe um carrinho puxado por um pônei, onde coloca Lisa. Mas Alain é um perfeito imbecil. Uma tempestade dispersa a festa. Alain é arrastado pela força do vento.

Ato III: O terceiro ato representa o interior da fazenda de Simone. Ela e a filha estão chegando encharcadas pela chuva. Simone tranca a porta e coloca a chuva, numa enorme corrente, dentro do bolso de sua saia. Em seguida, vai à troca fiar, e Lisa a ajuda a enrolar o fio. Logo, a velha adormece. Lisa tenta tirar a chave, mas a mãe acorda. Toma de um pandeiro, e as duas põem-se a dançar. Simone volta a dormir. Surge Colas no postigo da porta. Os dois jovens se beijam e se abraçam. Percebendo que Simone está acordando, Colas fecha o postigo, e Lisa volta a dançar. Batem à porta. São os aldeões que vêm a cobrar pelas suas jornadas. Simone lhes paga. Dança dos aldeões. Simone sai com os trabalhadores, mas deixa Lisa trancada. De repente, Colas surge do meio do monte de feixes. Os enamorados trocam juras de amor e seus lenços. Percebendo que Simone está de volta, Lisa esconde-o um quarto em cima da escada. A jovem finge que está varrendo, mas a velha desconfia de algo ao ver o lenço e pergunta onde arranjou. Lisa fica confusa, e Simone a tranca no mesmo quarto em que estava Colas. Batem à porta. Chegam Thomas, Alain e o notário da aldeia para celebrar o contato nupcial. Alain chama os camponeses para presenciarem a assinatura do contrato. Simone diz que Alain pode ir buscar a noiva no quarto, mas, assim que ele começa a subir a escada, Colas lhe barra o caminho. Em seguida surge Lisa. Os jovens se ajoelham e pedem que os deixem casar-se. O notário e os camponeses também intercedem por eles. A final, Simone dá seu consentimento, para sua tristeza para tristeza de Thomas e Alain. O bailado termina com uma alegre festa rústica, depois de um pas de deux dos noivos.